As bandas que salvaram o rock nos anos 2000

Desde seu surgimento oficial no ano de 1955, o rock n’ roll figurou sempre nos charts de sucessos, seja nos EUA ou na Europa. Nos anos 1970 e mais ainda nos anos 1980, o rock chegava a ter até 70% das canções de sucessos rotuladas em algum sub-gênero do rock. Porém, em meados dos aos 1990 o panorama mudou e o rock perdeu sua força no mainstream, até que no fim da década muitos veículos da imprensa musical decretaram a morte do rock. Neste contexto, surgiram várias bandas que muitos diziam ser as salvações do rock, mas que no futuro não conseguiram sequer se salvar. A década de 1990 por muitos é considerada o último período de sucesso do rock, com o surgimento de várias bandas de qualidade, tais como Foo Fighters e Oasis.
The Strokes, Libertines, The Darknes, White Stripes e Hellacopters.

No fim dos anos 1990 e começo dos anos 2000, surgiram novas bandas que primavam por um rock mais simples e com características setentistas do rock clássico. As principais neste movimento foram os Strokes e o White Stripes. A primeira banda nasceu em Nova York e se tornou a salvação do rock no ano de 2001, muito por causa de seu primeiro álbum "Is This It". Emplacaram outro grande hit em seu segundo álbum, "Reptilia", mas depois caíram no ostracismo e sumiram dos holofotes. Eles até chegaram no fim da primeira década de 2000 com certa empolgação, com o hit “Under Cover of Darkness”, do álbum Angles.
 
A segunda banda, 
White Stripes, com os irmãos Jack e Meg White, prima pela originalidade. Destaque para o segundo álbum "De Stijl" (com destaque para You’re Pretty Good Looking e “Hello Operator”) e o quarto álbum "Elephant" que traz as melhores músicas, “I Just Don’t Know What To do With Myself” e “Seven Nation Army”. Posteriormente, a dupla paralisou suas atividades. Jack White segue seus projetos paralelos como o ótimo supergrupo The Racounters. 

Como toda moda, após estes dois, surgiram vários grupos no mesmo estilo como o The Hives. Outro grupo desta safra que foi a salvação do rock nestes tempos por resgatar a atitude roqueira dos anos 70 foi o ótimo e visceral The Libertines. Em 2002 o Hellacopters chegou fazendo um som pesado e rápido e obteve destaque com o ótimo "High Visibility" sendo anunciado como mais uma salvação do rock que também não passou dos seis anos. 

A maior aposta da primeira metade da década era o The Darkness, o primeiro álbum "Permission To Land", unia um pouco de Queen, AC/DC e Def Leppard em hits como “I Believe In A Thing Called Love”, “Black Shuck” “Growing On Me”, e foi recebido com entusiasmo pela mídia especializada, porém a banda não passou de um fraco segundo álbum denominado One Way Ticket To Hell… And Back

O supergrupo Audioslave participou desta renovação roqueira. Lançaram três álbuns com destaque para os dois primeiros, auto-intitulado e "Out Of Exile". Nesta leva, ainda podemos citar o The KillersFranz FerdinandDanko Jones, e o Artic Monkeys. Mais recentemente, as salvações do rock são os grupos Avenged Sevenfold e o Wolfmother.


Queens Of The Stone Age, Slipknot, System Of A Down e Audioslave.

Das bandas que conseguiram dar continuidade a suas carreiras com qualidade podemos citar o System Of A Down que com certeza foi uma das únicas bandas que conseguiram salvar a si mesmas além do rock. Seu grande álbum de 2001, "Toxicity", trazia os hits “Chop Suey”, “Aerials” e “Toxicity”. Outra banda que se destacou e continua primando pela qualidade é o Slipknot. Seus dois primeiros álbuns são destaques absolutos desta nova geração de bandas. A música “Before I Forget” é uma espécie de hino roqueiro dos tempos contemporâneos. O Queens Of The Stone Age trouxe um pouco da sujeira estradeira para o rock fazendo um som denominado de stoner rock. Seu álbum "Songs for The Deaf" de 2002 trouxe hits como “No One Knows” “Mosquito Song”. 

Mesmo com um som mais para o pop não poderíamos deixar de citar o Coldplay e o Muse, bandas indicadas pelos renomado vocalista James Labrie do Dream Theater. Muito além desta indicação, as duas bandas tiveram uma grande participação na primeira década dos anos 2000 trazendo, novamente, seja o pop ou o rock, para as primeiras colocações nos charts americanos ou europeus. Outra banda de qualidade é os Kings Of Leon, essa sim, fazendo jus ao título de "salvadores do rock", formada no ano 2000 em Nasville, pelos irmãos Caleb, Jared e Nathan Followill e pelo primo Matthew Followill. A banda lançou em 2002 o seu primeiro EP, intitulado "Holy Roller Novocaine", atraindo a atenção da crítica inglesa. Ao longo dos anos lançaram excelentes álbuns como, "Only by the Night" (2008), "Come Around Sundown" (2010), "Mechanical Bull" (2013) e "WALLS" (2016). A música "Use Somebody" ganhou o Grammy Awards de 2010 como a música rock do ano. 

Uma banda que vem se destacando é o Shinedown, formada em 2001 em Jacksonville.  A banda tem o maior número de singles nas paradas de rock da Billboard com um total de 18, e todos os seus singles lançados alcançaram o top 5 na parada. Até o momento, a banda já vendeu mais de 10 milhões de discos em todo o mundo. Vale uma menção a banda canadense Arcade Fire, fundada em 2003 em Montreal. Ganhou numerosos prêmios, incluindo o Grammy 2011 de álbum do ano e o BRIT Award 2011 de melhor álbum internacional, pelo seu terceiro álbum de estúdio, "The Suburbs", lançado em 2010, sucesso comercial e de crítica, o album "Neon Bible", gravado dentro de uma igreja também foi bastante elogiado pela crítica. 

Um caso peculiar é o da banda Stone Sour que, apesar de ser fundada no início da década de 1990, só lançou seu primeiro álbum em 2002. Na verdade, o rock é o estilo com maior personalidade na música moderna mundial. Este segmento musical já possui uma gama fiel de fãs que tornam o rock um estilo independente do sucesso do mainstream. Assim,  posso afirmar que o rock nunca morreu ele apenas lhe relegou ao seu círculo de fãs fiéis da mesma maneira como aconteceu com o Blues e o Jazz alguns anos antes.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Como se tornar um designer automotivo de verdade?

Linha do tempo da colonização de Marte

A EVOLUÇÃO HUMANA CONTINUA